Sentires-te ansiosa(o), em sofrimento constante, sem energia ou com um vazio difícil de explicar — não é sinal de fraqueza.
A ansiedade e a depressão são experiências humanas comuns, mas que podem tornar-se profundamente desgastantes. Afetam a forma como pensas, sentes e vives o dia a dia. E quando persistem, merecem cuidado, escuta e apoio especializado.
O acompanhamento psicológico ajuda-te a compreender o que estás a viver, a ganhar clareza e a encontrar estratégias para retomar o teu equilíbrio emocional.
Há momentos em que nos sentimos exaustos, sem forças para enfrentar o dia. Acordamos com a sensação de que nada faz muito sentido, ou adormecemos com o corpo acelerado e a mente em constante alerta. Há dias em que o coração bate rápido sem motivo aparente, e outros em que tudo parece parado — inclusive nós próprios.
A ansiedade e a depressão podem apresentar-se de formas diferentes, mas muitas vezes coexistem, confundem-se, entrelaçam-se. Não surgem por fraqueza, nem por falta de vontade. Surgem porque algo dentro de nós — muitas vezes silenciosamente — está a sinalizar que algo precisa de atenção, cuidado e compreensão.
A ansiedade é como uma antecipação constante de que algo pode correr mal. É a dificuldade em desligar, em relaxar, em confiar que vai correr tudo bem. Pode manifestar-se como pensamentos repetitivos, dificuldade em tomar decisões, sensação de sufoco, tensão muscular, insónias ou medo de perder o controlo. É o corpo a reagir como se houvesse uma ameaça, mesmo quando, racionalmente, sabemos que estamos seguros.
A depressão, por outro lado, rouba-nos a cor das coisas. Tira-nos a energia, o prazer, a motivação. As tarefas mais simples tornam-se pesadas, o sono deixa de restaurar, o apetite muda, e o pensamento enche-se de crítica, culpa ou sensação de inutilidade. Há uma espécie de nevoeiro que se instala — às vezes triste, outras vezes apenas vazio. E é comum a pessoa pensar que devia conseguir reagir, o que só aumenta a dor.
Estes estados não surgem de um dia para o outro. São, muitas vezes, resultado de meses — ou anos — de sobrecarga, exigência interna, falta de apoio emocional, experiências difíceis ou contextos que ultrapassaram a nossa capacidade de adaptação. E embora não se vejam, têm efeitos reais: no corpo, na mente, nas relações, no trabalho, na autoestima.
Procurar ajuda psicológica não significa que não foste capaz. Significa que queres entender o que se passa contigo, sair do ciclo, reencontrar clareza. A psicoterapia é um espaço onde, com tempo, cuidado e orientação, vais poder perceber o que te está a acontecer, e trabalhar formas mais saudáveis de pensar, sentir e estar na tua vida.
Entrar em terapia não é apenas contar o que sentimos — é aprender a compreender-nos por dentro.
É um processo que acontece num espaço seguro, onde não há julgamento, pressa nem respostas certas. Apenas escuta, estrutura e presença.
No início, talvez tragas mais perguntas do que respostas: “Porque é que me sinto assim?”, “Porque é que não consigo reagir?”, “O que é que está mal comigo?”. E é precisamente por aí que se começa. Na psicoterapia, damos nome ao que estás a viver, olhamos para os padrões que se repetem, e começamos a perceber de onde vêm certas formas de pensar, sentir ou agir.
Ao longo das sessões, vais aprender a identificar os teus próprios ciclos de ansiedade ou desânimo — aqueles momentos em que a mente acelera, o corpo encolhe, e a vontade de evitar tudo se instala. E, pouco a pouco, vais começar a construir novas formas de responder ao que sentes: com mais consciência, mais flexibilidade e mais compaixão contigo mesma(o).
A terapia não apaga o passado nem elimina as dificuldades da vida, mas ajuda-te a reorganizar por dentro. Dá-te ferramentas para lidares com o que antes parecia impossível, e devolve-te a capacidade de decidir com mais clareza aquilo que queres manter — e aquilo que precisas de mudar.
É um caminho feito com paciência e compromisso, mas também com momentos de descoberta e alívio. E, acima de tudo, é um processo profundamente humano: feito de ligação, confiança e transformação.
Se reconheceste no que leste pedaços da tua história, do teu cansaço, da tua luta interior — talvez seja o momento de dares um passo em direção a ti mesma(o).
Não precisas ter todas as respostas. Não precisas “estar pronta” ou “forte o suficiente”. A terapia começa, muitas vezes, assim mesmo: com um gesto tímido, mas cheio de coragem.
Estou aqui para te ouvir. E, se quiseres, podemos começar por onde for mais leve para ti.
Pode ser por falta de tempo, por limitações financeiras, por não nos sentirmos à vontade… ou simplesmente porque ainda estamos a tentar compreender sozinhos o que se passa connosco.
Se é o teu caso, existe outra forma de começares a cuidar da tua saúde mental: com calma, no teu tempo, ao teu ritmo.
O Clube Reequilibra é um espaço digital pensado para quem quer compreender melhor a ansiedade, a exaustão emocional, a tristeza ou a confusão interior — com conteúdos acessíveis, baseados na psicologia e na neurociência, sem julgamentos nem pressas.